Não há dúvida que o crescente nível de gases tóxicos dos processos e de dispositivos que podem gerar esses gases, faz com que o monitoramento de suas concentrações sejam um item de extrema importância para a segurança de todos. E é dessa importância, nas mais diversas aplicações, juntamente com as práticas seguras de monitoramento dos gases tóxicos, o assunto desse artigo.
Mais pessoas morrem na exposição ao gás tóxico do que em explosões provocadas pela ignição de gás inflamável. Deve-se notar ainda, que existe um grande número de gases que são tanto inflamáveis quanto tóxicos, entretanto, a razão principal para o tratamento desses gases separadamente é que os riscos, os regulamentos envolvidos e a tecnologia de sensores necessários são diferentes. Vejamos esses temas detalhados!
Os Riscos dos Gases Tóxicos
Os gases tóxicos podem provocar uma Atmosfera IPVS – Imediatamente Perigosa a Vida ou a Saúde, que tem por definição qualquer condição que cause uma ameaça imediata a vida, que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou ainda que interfira com as habilidades dos indivíduos, para escapar de um espaço confinado sem ajuda, por exemplo.
Quando não são IPVS, podem provocar vários efeitos prejudiciais à saúde humana, sendo classificados em 03 tipos:
- Asfixiantes Simples – São gases inertes, cuja presença em ambientes confinados poderá ocasionar ausência total de oxigênio (Dióxido de Carbono, Nitrogênio, Hélio, Argônio e outros);
- Asfixiantes Químicos – Gases que agem bloqueando a fixação das moléculas de oxigênio pelas hemoglobinas (Monóxido de Carbono e outros);
- Irritantes – São substâncias que agridem as vias aéreas (nariz, garganta e laringe), os pulmões e os olhos (Gás Sulfídrico, Óxidos de Nitrogênio e outros).
Os asfixiantes químicos ainda possuem 03 vias de entrada no organismo: I. Respiratória – Inalação (gases, vapores ou aerossóis), principal via de penetração de substâncias tóxicas no organismo; II. Gastrointestinal – Ingestão e/ou absorção (quando o trabalhador fuma ou come no ambiente de trabalho); III. Cutânea – Os agentes tóxicos podem atuar na pele por reação direta ou penetrando-a.
Regulamentação para Monitoramento dos Gases Tóxicos
Os efeitos dos gases tóxicos no organismo humano mencionados acima, dependem diretamente da concentração (Risco Imediato) e do tempo de exposição – TWA (Efeito Acumulativo). Diante disso, deve-se manter a exposição do trabalhador abaixo do Limite de Tolerância publicado na NR-15 (Confira a norma na integra AQUI) ou em recomendação feita pela ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists. Deve-se comparar os Limites de Tolerância da NR-15 e da ACGIH e adorar o mais restritivo.
Por definição, Limite de Tolerância são as concentrações atmosféricas de um contaminante para qual todos os trabalhadores podem ser expostos repetidamente, dia após dia, ao longo de sua vida de trabalho sem desenvolver efeitos adversos. E são divididos de duas maneiras:
- Média ponderada no tempo (TWA – LTEL):a concentração média ponderada no tempo para uma jornada de 8 horas-convencional e uma semana de trabalho de 40 horas, para a qual se acredita que quase todos os trabalhadores podem ser repetidamente expostos, dia após dia, sem efeitos adversos.
- Limite de Exposição em Curto Prazo (TWA-STEL):a concentração para a qual se acredita que podem estar expostos continuamente durante um curto período de tempo sem sofrer irritação, danos crônicos nos tecidos ou irreversíveis. O STEL é definido como uma exposição TWA de 15 minutos, o que não deve ser excedido em qualquer altura durante um dia de trabalho.
Essas informações quanto ao TWA, podem e devem ser encontradas nas FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. Outro ponto importante, é que em casos de trabalho em atmosfera IPVS, os trabalhadores deverão estar treinados e utilizando EPI’s (equipamento de proteção individual) que garantam sua saúde e integridade física.
Tecnologias para Monitoramento de Gases Tóxicos
O mercado oferece diversas tecnologias para a detecção de gás nas atividades industriais. Cada tecnologia, e seus correspondentes instrumentos, podem apresentar melhores ou piores desempenhos de acordo com os tipos de gases, suas concentrações e as características dos processos.
Os sensores eletroquímicos são os mais confiáveis para a medição de gases tóxicos por apresentarem alta seletividade e baixo efeito as variações de umidade e temperatura. As leituras são realizadas em PPM (parte por milhão) ou PPB (parte por bilhão).
Os sensores eletroquímicos se baseiam em reações espontâneas de oxidação e redução, que envolvem o determinado gás para medição de sua concentração. Estas reações geram a circulação de uma corrente entre os eletrodos, a qual é proporcional à concentração do gás que se deseja mensurar.
Se os gases tóxicos fazem parte do seu dia a dia de trabalho, antes de qualquer decisão, você precisa avaliar as concentrações dos gases, seu processo produtivo e as áreas afetadas para, assim, buscar a solução assertiva para manter seus trabalhadores seguros. Com essas informações, você poderá decidir pela melhor tecnologia, quantificar os detectores e instalar os mesmos nos pontos mais críticos de vazamentos.
Redigido por Pâmela Cintra – Marketing Enesens.
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Sobre a Enesens
A Enesens é uma empresa especializada em soluções de monitoramento de gases e detecção de vazamentos, destinada à preservação de vidas, processos e ativos. A partir de um amplo conhecimento do setor e das principais tecnologias de detecção, comercializa detectores fixos e portáteis para todos os tipos de necessidades, com profissionais especializados na prestação de serviços como projetos, instalação, comissionamento e manutenção dos detectores, além de projetos customizados de desclassificação de áreas a partir da utilização adequada dos detectores de gases fixos.
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